quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Vagabundos pelo ar


Há de se cuidar dos ratos que ficarão órfãos nos becos, sem mais pseudo missões desimportantes pra se esconder. Há de se dar comida a eles e que eles enfim se entoquem e morram envenenados pela própria inércia.

Bradar revoluções depois que o é rei morto, fácil. Difícil colocar a carranca à frente e negar-se pedir migalhas pra sobreviver, enquanto o rei organiza o reino ao seu jeito – tirano a uns, rei a outros.

Portanto não venha dizer que tudo será diferente com o novo rei. Os vagabundos são vagabundos em lugar qualquer, com qualquer rei. Dependendo do tamanho da barba real, eles se acolchoam acarinhando pelos e disfarçando sua vagabundice de sempre.

Enquanto isso, esperam ansiosa e atentamente o pontuar das 17 horas do relógio pendurado na parede central, saem de fininho sem dizer ‘até amanhã’ pra que não lhe peçam nova missão - e atrapalhem sua santa vontade de não servir.


CRiga.

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